sábado, 27 de setembro de 2008

Fado do FISIOTERAPEUTA

Que bela noite vivo aqui
De copo vazio na mão
Esquecendo o que aprendi
Procurando o garrafão

De Moscavide a Portimão
E pela Expo dava a mão
Era o maior engatatão do Oriente
Traçava a capa a rigor
E elas ficavam com calor
Bebia um copo neste ambiente tão quente

Tantos amores vivi
Dos compromissos fugia
Em muitas camas dormi
Quando o sol marcava o dia

No fim do mês sem um tostão
Cravava eu uma pensão
Ao telefone com uma voz de desgraçado
Comendo atum, arroz e tal
Ia sair para o Real
Acompanhado íamos todos cantando

Recordo a véspera de exame
A vida num vendaval
Pensava com esperança
Na época especial

Invoco em mim recordações
Desses jantares aos trambolhões
Acompanhado por vinho que sabe mal
Na madrugada atrasado
Quiçá gregar um bocado
Lá ia eu a ressacar p'ró Hospital

As mãos são o meu engenho
A vida é o meu tema
E eu canto com empenho
A FISIO é o meu lema

Quando é cantado a rigor
Mostrando a garra com fervor
É belo o fado e o fadista é a vedeta
As lágrimas a lhe escorrer
De 4 anos a viver
A emoção de ser FISIOTERAPEUTA!

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