terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Momentos...

Às vezes desejava estar distante, longe do mundo, de tudo que me aflige, das simples e tão complexas situações que são uma dor, uma tortura silenciosa. É triste, desesperante, é um sufoco abafado por meia dúzia de gritos no silêncio profundo, pelos sorrisos de conveniência, pelo fingimento de que tudo está bem. Porém, tem que estar, os “fracos” não podem derramar lágrimas nem mesmo quando têm um punhal no coração abstracto.
Como tudo será um dia?
Estou cansado, sem forças, agora que tudo está a correr bem. Falta-me algo, talvez alguém, mas é tão amargo. É um sonho!
A vida, essa quem ela é?
Já tive a minha opinião, neste momento, só sei que nada tenho, nada sei. Encontro-me muito exausto, debilitado, sem um motivo que me faça realmente sorrir. Já não sou quem era. Inicia-se uma luta entre as duas faces. Gémeo talvez...
Quero chorar!
Sobreviver, conta-se o tempo desde a aprendizagem de tamanha ingratidão, frustração. Com o tempo, algumas são as filosofias adquiridas da vida.
Em tempos, pensei ser capaz de unir multidões, lutar por direitos e valores e, sobretudo pela verdadeira realidade. Não me recordo de, um dia, ter acreditado no Pai Natal. Nunca terei sido eu uma criança ou simplesmente nunca deixei de o ser?
Acreditei e tenho esperança no cor-de-rosa e no azul, aquele azul profundo do céu, azul do mar, as ondas, a Natureza!
Hoje é tão negro o céu, o mar, a vida! Por alguns instantes pensei, que não gostaria de estar aqui. Representar voluntariamente é ingrato. Quiçá não pudesse mudar a personagem, as recordações.
Mas não, não aceito. Não quero aceitar!
Tenho medo. Medo de deixar de sonhar, medo do que poderei encontrar, sobretudo de mim. Do ser fantástico que outrora conheci e que agora se sustenta no desconhecimento.
Ambiciono pintar os meus ideais, cultivar o meu saber que oportunamente transformar-se-á numa missão, numa prova a superar.
No quotidiano batalho, naufrago sem rumo definido. Numa batalha sem espadas tornar-se aterrorizador de mais quando me “roubam a voz”. Ficarei mudo!


Rúben Guerra

Bah... até mete medo ler o texto...mas sao mts verdades juntas...

3 comentários:

Nok Lek disse...

Mete nojo? lolol aplica-se tão bem à nossa realidade..pelo menos à minha de vez em quando...

fj disse...

ufffff!!
ainda bem q o texto não é da tua autoria.

Abraço e um bom ano de 2009.

Mãe, só a 7 disse...

ta mt bom...